EDUCAÇÃO INFANTIL E SEXUALIDADE: QUEM EDUCA QUEM?
Resumo
O presente trabalho tem como objetivo discutir sobre as representações sociais criadas pelo educador frente ao tema sexualidade infantil, e qual a sua ação quando uma criança se manifesta sexualmente em sala de aula. Adotou-se como referencial teórico-metodológico a Teoria das Representações Sociais e os estudos teóricos sobre a sexualidade e seus desdobramentos. O estudo foi realizado com seis professoras de ensino infantil de quatro escolas públicas do interior de São Paulo. A pesquisa de campo realizou-se através da técnica de questionário para coleta de dados. A técnica de análise de conteúdo temática foi utilizada para análise dos dados coletados. Na análise de conteúdo temática foram identificados três temas-chave: “sexo romântico”, “sexualidade natural” e “fragilidade”. O sexo aparece com a ideia de romantismo ligado a encontros e sentimentos. A sexualidade aparece como algo inerente à vida, mas confuso e permeado de outras conotações e quando há referência da sexualidade na educação infantil, as representações sociais das participantes revelam a ideia de criança ingênua, frágil e assexuada. Os resultados apresentados neste estudo evidenciam a necessidade de estudos sobre a temática para descontruir as representações sociais permeadas de tabus e preconceitos. Acredita-se que este trabalho possa oferecer possibilidades para discussão da temática e suscitar novos estudos permitindo, assim, a efetivação de mudanças relevantes para a escola de educação infantil e para os professores no que se refere à temática sexualidade e seus desdobramentos.
Descrição
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Fundação Educacional de Ituverava, Faculdade de Filosofia Ciências e Letras para obtenção do Título de Licenciatura Plena em Pedagogia.
Palavras-chave
Representação Social, Professor, Educação sexual