SELETIVIDADE DE HERBICIDAS INFLUENCIADA PELO ESTADO NUTRICIONAL NA CANA-DE-AÇÚCAR
Data
2012-12
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Editor
FAFRAM
Resumo
A adequada nutrição das plantas, entre todos os benefícios, proporciona tolerância a pragas, doenças e defensivos agrícolas. Entretanto, ao considerar os benefícios da correta adubação propôs-se a hipótese de que cultivares de cana-de-açúcar corretamente adubadas com nitrogênio, fósforo e potássio são mais tolerantes aos herbicidas aplicados ao manejo de
plantas daninhas. Para validação da hipótese objetivou-se estudar a tolerância das cultivares IACSP96-2042 e IACSP95-5094, cultivadas em diferentes adubações de plantio, aos herbicidas clomazone, sulfentrazone e diuron+hexazinone, utilizando-se de variáveis fitotécnicas e análise do perfil isoenzimático da peroxidase e α-esterase. Foram realizados
dois experimentos, um para cada cultivar e ambos instalados em vasos no período de
agosto/11 a março/12. No campo, para cada experimento utilizou-se do delineamento
inteiramente casualizado com os tratamentos dispostos em esquema fatorial 3 x 3+testemunha e em quatro repetições. O primeiro fator foi constituído pelas doses de clomazone (1000 g ha-
¹), sulfentrazone (800 g ha -1) e diuron (1440 g ha-¹) + hexazinone (396 g ha-¹) e o segundo fator pelas doses de NPK (ausência, 20-120-100 e 40-240-200 kg ha-1). As parcelas foram constituídas por vasos de plásticos com capacidade para 44 litros preenchidos com terra de barranco de textura argilosa, previamente calcariada e adubada conforme proposto pelo delineamento. Na sequência, plantou-se 5 toletes de uma única gema em cada unidade experimental, os quais foram desbastados aos 30 dias após brotação. Após 20 dias, quando a planta restante apresentava média entre 3 a 4 folhas e 20 cm de altura, coletou-se material vegetal para caracterização do perfil isoenzimático da α-esterase e da peroxidase. Na sequência aplicou-se os herbicidas conforme o delineamento proposto. Transcorridos 58 dias
após a aplicação fez-se nova coleta de tecido nas plantas para caracterização das isoenzimas. A IACSP96-2042 foi tolerante aos herbicidas porque em 58 DAA as plantas se recuperaram dos sintomas de intoxicação e nenhum prejuízo quanto à massa fresca e seca, teor de clorofila, altura, comprimento de folha e número de perfilhos foi observado. Entretanto, as isoformas da
peroxidase foram diferentes em número e intensidade; as isoformas da α-esterase foram alteradas na intensidade das bandas. A IACSP95-5094 foi a mais sensível aos herbicidas porque em 58 DAA as plantas se recuperaram dos sintomas de intoxicação, mas ainda foram prejudicadas na altura, acumulo de massa fresca e seca, particularmente no tratamento com
diuron+hexazinone. Somente o perfil isoenzimático da α-esterase apresentou poucas
alterações na intensidade das isoformas. Assim, a hipótese inicial não pode ser comprovada, os resultados evidenciaram que cada cultivar tem sua própria resposta a adubação e tolerância aos herbicidas.
Descrição
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado à Fundação Educacional de
Ituverava. Faculdade Dr. Francisco Maeda, para obtenção do título de Engenheiro
Agrônomo.
Palavras-chave
Saccharum spp, Eletroforese, Enzima, Tolerância