TEMPERATURA RUMINAL DE VACAS NELORE E FREQUENCIA DA INGESTÃO DE ÁGUA DE ACORDO COM A SUPLEMENTAÇÃO MINERAL E TEMPERATURA AMBIENTE
Data
2017-12
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Editor
Fundação Educacional de Ituverava
Resumo
Em dias atuais, com o desenvolvimento tecnológico no ramo da pecuária tem se possibilitado a utilização de
instrumentos que controlem os animais, nos indicando informações relacionadas como saúde, estresse e
reprodução, a fim de informar qualquer ocorrência do rebanho, de forma rápida e eficiente. O conhecimento do
comportamento ingestivo de água assim como a ocorrência ou não de estresse térmico em um rebanho criado a
pasto é de grande importância para se desenvolver tecnologias ou manejos que maximizem desempenho e
resultados econômicos. Monitorar animais com equipamentos, como os sensores de temperatura intra-ruminais,
que usam sistema sem fio para enviar os dados para uma central, viabilizam a coleta de dados, principalmente
quando se trata de monitoramento contínuo. O experimento que teve como objetivo avaliar o consumo de dois
suplementos minerais utilizando animais que dispunham de um dispositivo intra-ruminal para controle da
temperatura e avaliar a variação da temperatura ruminal da vaca em relação à temperatura ambiente, assim como
estudar a frequência com que elas consumiram água, nos dois grupos suplementados. Os dados foram gerados a
partir de dispositivointra-ruminal, com sensores de temperatura, produzido pela empresa Smaxtec. As
informações de temperatura ruminal foram registradas a cada 10 minutos, de forma continua durante22 dias,
além de controle de temperatura do ar e ocorrência de chuvas no mesmo período. Os dados explorados reuniram
informações de 15 fêmeas que estavam paridas, com bezerros entre 30 e 60 dias, que mantidas em pastagens de
capim brachiariabrizantha, cultivar Marandu e estavam subdivididas em dois grupos, recebendo suplementação
mineral diferente. Um grupo recebia um suplemento linha branca da empresa Premix e o outro recebia o
suplemento mineral Caltech-Crystalyx (CLX), na forma de blocos com melaço concentrado. Este último não é
um produto comercial, foi trazido pela empresa Inglesa Caltechee está sendo testado no Brasil. Houve efeito do
tratamento (P=0.0146) na freqüência que as vacas beberam água por dia, em vinte e dois dias de observação
durante o mês de novembro. O tratamento, ou seja, o tipo de suplemento mineral que as vacas recebiam
influenciou na quantidade de vezes que as vacas beberam água. A média encontrada para o tratamento Crystalyx
foi de 3,29 ± 0,011 enquanto que as vacas ingeriram Premix foi de3.01 ± 0,010 vezes ao dia. A temperatura do ar
teve efeito no comportamento de ingestão hídrica das vacas. A temperatura máxima teve efeito importante na
quantidade de vezes que as vacas foram beber água (P<0,0001). A temperatura mínima do dia também afetou a
frequência da ingestão hídrica (P=0,0067). Observou-se que apenas nos dias mais frios e chuvosos (dias 5 e 6) a
frequência que as vacas beberam água foi muito baixa. O dia de maior frequência na ingestão de água foi o dia
dezessete, quando houve alta na temperatura e não houve ocorrência de chuvas.
Descrição
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Dr. Francisco Maeda, mantida pela Fundação Educacional de Ituverava para obtenção do Título de Médico Veterinário.
Palavras-chave
Dispositivo intra-ruminal, consumo, Tecnologia