DESEMPENHO DE LARVAS E JUVENIS DE LAMBARI DO RABO AMARELO (Astyanax lacustris) NA ÁGUA SALINIZADA.

Data

2022-12

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Fundação Educacional de Ituverava- Fafram

Resumo

O uso do sal na criação de peixes de água doce é uma prática comum, principalmente, como medida profilática e terapêutica. Porém, a tolerância à salinidade depende da espécie e da fase do desenvolvimento. O objetivo do estudo foi determinar os melhores níveis de concentração de sal na água para o lambari do rabo amarelo Astyanax lacustris, uma espécie de peixe nativo de água doce, nas fases de larvicultura e juvenil. No estágio larval foram realizados dois experimentos. Experimento 1 - larvicultura inicial, utilizando-se larvas com sete dias de vida para testar as salinidades de zero (S0 – água doce “controle”), 1, 2, 3 e 4 g de sal.L-1 (S1, S2, S3 e S4, respectivamente), por 10 dias; e Experimento 2 – Larvicultura fase II, com larvas em estágios mais avançados (17 dias de vida), testando-se as salinidades de zero; 0,6; 1; 2; 3 e 4 g.L-1, por seis dias. No estágio juvenil (Experimento 3), com duração de 14 dias, foram utilizados juvenis com peso médio de 0,85 g, testando-se as salinidades de zero; 2 e 6 g.L-1 em cultivo contínuo, e salinidade de 10g.L-1, por 30 minutos, para banhos de curta duração. Os experimentos foram conduzidos em delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições. No Exp. 1, a salinização da água, mesmo na salinidade mais branda (1g.L-1), afetou a taxa de sobrevivência das larvas (p<0,05). A mortalidade diária acumulada foi intensa logo nos primeiros dias de cultivo. No Exp. 2, com as larvas mais desenvolvidas, essas suportaram satisfatoriamente até a salinidade de 4g.L-1. Neste período, a salinidade foi mais benéfica que o cultivo na água doce, com efeito positivo sobre a taxa de sobrevivência dos animais (~72 a 89%). Na água doce, a sobrevivência média foi de 8% (p<0,05), valor considerado muito inferior para esse sistema de produção. No Exp. 3, a salinidade não afetou o desempenho dos juvenis, mesmo a concentração de 6g.L-1para o cultivo contínuo e a de 10 g.L-1 para o banho hiper salinizado. De maneira geral, a salinidade da água foi benéfica às larvas de lambari, em estágios de desenvolvimento mais avançado, e aos juvenis, permitindo maiores taxas de sobrevivência, seja pelo aumento da sobrevida dos náuplios de artêmia, tornando esse alimento disponível às larvas por mais tempo, e/ou pelos efeitos positivos no processo osmorregulatório e minimização do comportamento mais agressivo que as larvas apresentam a partir da segunda semana de vida. O uso do sal na larvicultura e criação dos juvenis de lambari pode ser indicado como medida para melhorar os manejos zootécnicos de criação e produção.

Descrição

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Fundação Educacional de Ituverava – Faculdade Dr. Francisco Maeda para obtenção do título de bacharel em Medicina Veterinária

Palavras-chave

Juvenil, Lambaricultura, Larvicultura, Náuplios de artêmia, Salinidade

Citação